segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Ressignificando o sentimento “verde”- a Nova Ideologia

Por Marcio Bontempo

O Partido Verde brasileiro, em seu manifesto, mostra claramente que sua ideologia e princípios apresentam um conteúdo muito além de uma simples visão ambientalista. Seguindo a tendência mundial dos chamados greens, mas ampliando o seu sentido, o Partido Verde do Brasil entende e ensina que ser “verde” é muito mais do que somente atuar em defesa da natureza pelo modo trivial. Ser “verde” significa não só entender, mas redimensionar o fato de que os seres vivos são elementos interdependentes e partes da complexa trama que forma a Unidade da Vida. Significa uma percepção que tem como base a consciência e a cidadania planetárias, a busca de um sentido existencial objetivo, o cultivo de valores humanistas, o crescimento espiritual e a maturidade cívica planetária. Ser “verde” significa trabalhar para a construção de uma nova sociedade através do cultivo do senso de solidariedade, com atitudes concretas de fraternidade, ética, sensibilidade, simpatia e gentileza. O sentimento “verde” nos mostra que essas atitudes dependem da transformação de cada um e da expressão de nossas potencialidades internas. Somente com a o cultivo da solidariedade, da fraternidade, da amorosidade, é possível criar um novo mundo, livre do sentimento fraticida, belicista e de domínio que vigora, por enquanto, na Terra.

O novo significado do sentimento “verde” aponta que é essencial uma nova ótica, uma nova visão filosófica que começa com o respeito e a valorização da diversidade, amplia-se na percepção da unidade da vida e contempla uma nova atitude, que tem como fulcro a redução do egocentrismo, substituído pelo altruismo, como resultado de uma profunda revisão de nossos valores. Com isso, as nossas diferenças – que geralmente nos afastam uns dos outros -, devem ser respeitadas e redirecionadas com o objetivo de nos unir, em puro espírito solidário e pacífico. Não adianta falarmos de paz se não a cultivarmos em nossos corações e atitudes; fora disso, falar em paz é hipocrisia.

A nova ideologia “verde” está repensando a Economia, colocando-a a serviço da sustentabilidade e da justiça social, convocando todas as instituições a repensar também seus papéis na formação de uma civilização solidária que expresse suas inspirações maiores: paz, respeito mútuo, felicidade, coerência, harmonia e cooperação. O sentimento “verde” mostra que para garantirmos um futuro alvissareiro, precisamos desenvolver a genuína sabedoria espiritual, pela integração das diferentes visões, sejam religiosas, científicas, filosóficas, ideológicas, etc.

Aplicado aos vários setores da atividade humana, o sentimento verde mostra que na Educação deve-se privilegiar os valores éticos; a Economia e a tecnologia devem estar dirigidas prioritariamente para o bem-estar e as necessidades humanas; a política e o serviço público devem ter como base primordial a ética, o servir e não o “se servir”; as religiões devem estar direcionadas para a espiritualidade, a religiosidade, a tolerância, o respeito mútuo e essencialmente para a irmandade universal.

O sentimento verde é fruto do surgimento no planeta de um novo paradigma existencial, lastreado na fraternidade e na ampla proteção da vida, a partir de uma mudança individual de comportamento, com base no novo senso de coletividade e participação.

O sentimento verde é aquele que cria a consciência coletiva da responsabilidade individual e a consciência cívica planetária, capaz de eliminar todas as fronteiras, quando preponderará o sentimento libertário e se implantará a verdadeira fraternidade entre os homens, escudada no amor universal. O sentimento “verde” é nova ideologia humana. O sentimento verde não é um conceito, é um estado de espírito.

Como melhorar de fato a Saúde Pública no Brasil


O modelo atual de prestação de serviços de saúde, apesar de toda a evolução do Sistema Único de Saúde - o SUS, ainda é ineficiente e não cumpre o desiderato apontado na Constituição, de que é dever do Estado oferecer ao cidadão todos os meios para que ele goze de boa saúde. Ao contrário, o modêlo continua sendo alvo de críticas e, historicamente, se mostra como um sistema que oferece serviços de baixa qualidade à população e remunera mal os profissionais da rede pública de atendimento. As verbas federais repassadas aos estados e municípios, continua insuficiente para bem atender a todos os programas do MS e as necessidades da população.
Enquanto não são de fato ventiladas as causas desse caos, continuarão a perdurar as filas nos hospitais e clínicas; continuarão exames, consultas e cirurgias a serem marcados com datas ridiculamente distantes (muitas vezes quando o paciente melhorou por conta própria ou morreu); continuará a persistir a insatisfação do usuário; continuarão a morrer cidadãos que necessitam de, por exemplo, hemodiálise, que não conseguem agendar seu procedimento por falta de equipamento e espaço; continuará o sucateamento e todos demais itens da enorme lista de problemas da asistência à saúde pública no Brasil.
E quais as causas reais dessa situação?
Apesar de muitas propostas de solução para a questão da assistência à saúde pública, nenhuma delas tem se mostrado eficaz, pois elas carecem do elemento essencial, que não é comumente verificado nas discussões:
Temos um sistema de assistência e uma política de saúde inadequados à realidade social, cultural e econômica brasileira.
No Brasil o Governo investe muito no setor terciário (tecnologia de ponta, equipamentos caros, hospitais, etc.) e pouquíssimo, quase nada, no setor primário de saúde.
O setor primário em saúde é aquele em que se valoriza o aspecto cultural da população, identificada com seus princípios, valores, recursos naturais e humanos, além de outros elementos, utilizando-se pessoas e profissionais como agentes de saúde para atuar dentro das comunidades, capacitados, assistidos por profissionais de maior formação técnica, dentro de um modêlo multiprofissional e multidisciplinar de atenção à saúde. Foi o foco e o investimento no setor primário de saúde que produziu uma verdadeira revolução na situação de saúde da China, Índia, Cuba e diversos outros países, incluindo a re-incorporação da medicina tradicional.
O sistema e a política de saúde no Brasil é por demais centralizado no médico (dito “iatrocêntrico”) e, portanto, fundamentado no princípio de combate às doenças (que é aquilo para o qual o médico é treinado). O resultado é que a terapêutica centrada na medicação, na cirurgia ou ambos.
As verbas repassadas pelo Governo Federal aos estados e municípios para a saúde, não são suficientes para atender a todas os programas e as necessidades da população, resultando numa situação caótica, onde a chamada “municipalização da saúde”, como reza a política de saúde atual do SUS, torna-se impossível.
Numa linguagem simples, fugindo do “sanitarês”, para todos entenderem:
No atual modelo cidadão procura o serviço de saúde quando tem algum problema. Geralmente quando chega a um serviço, a sua doença já está adiantada ou é irrecuperável, o que, certamente, onerará os cofres públicos. O caso do diabetes é típico, pois quando se procura o médico, a doença já está em estágios ulteriores. Por isso o modelo atual é caro, oneroso e voraz, pois quanto mais cresce a população, avolumam-se os problemas, devido ao crescimento da demanda.
Na atenção primária na saúde - a exemplo do que aconteceu em diversos países, como a China, a Índia, e Cuba – não é o cidadão quem procura o serviço, mas o inverso: o serviço procura o cidadão, através da visitação domiciliar, seja do agente comunitário de saúde (elemento chave no processo), do médico, da equipe multiprofissional, etc., que atuam em postos avançados de saúde, preferencialmente dentro da comunidade. Desse modo, muitas doenças que estão em desenvolvimento, sem apresentar ainda sinais e sintomas, podem ser detectadas e tratadas, as mesmas que, mais tarde, estariam exigindo internação, tratamentos caros, etc., consubstanciando as diretrizes da melhor das medicinas, que é a verdadeira medicina preventiva. Além disso, cada cidadão ou família recebe orientação preventiva, remédios, vacinas, orientação de higiene e alimentação, etc. de modo a evitar as doenças, melhorando a qualidade de vida. Com isso, têm-se condição de conhecer a situação de saúde da população de modo quase personalizado (como o que ocorreu na China), onde relatórios rotineiros apresentam a real condição da população.
Com isto diminui-se drasticamente a procura às clínicas e hospitais, o que repercute na economia com as ações de saúde. Desde que esta inversão de modelo e política se faça com a atuação conjunta de uma equipe multiprofissional, consegue-se realizar aquilo que representa a chave que abre a porta para a revolução no sistema de saúde no Brasil - compreendido por poucos - que é a “desmedicalização” das ações de saúde, ou seja, reduzir a carga sobre os médicos dessas ações e distribuir essa carga e a responsabilidade para outros profissionais da área da saúde ou correlatos.
Esta é a recomendação da Organização Mundial de Saúde que, desde 1984, vem divulgando as diretrizes da Medicina Tradicional e estimulando os países membros a aplicar em seus sistema s de saúde a ideia de valorizar e utilizar os recursos humanos e naturais. Com base nessa filosofia, o nosso Ministério da Saúde lançou em 2006 a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares de Saúde, com a publicação posterior das Portarias 971 e 853, que instituem recursos como a Fitoterapia, a Acupuntura, a Homeopatia e vários elementos da Medicina Tradicional na rede pública de saúde, o SUS, em todo o território nacional. Isso representou um grande passo em direção a uma mudança ou evolução na oferta dos serviços, mas essas portarias não estão regulamentadas e não estão sendo postas em prática, a não ser em alguns municípios, porém de modo insipiente. É necessário capacitar profissionais de saúde – preferencialmente agentes comunitários de saúde e terapeutas naturistas - para assumirem o desiderato apontado nessas portarias.
O Ministério da Saúde criou o PSF - Programa de Saúde da Família, que está sendo aplicado em muitos estados e municípios, porém ele carece de estrutura e de base, estando ainda centrado demais no médico. Esse programa é importante e pode representar o ponto de partida para as mudanças necessárias na política de saúde aqui apontadas, desde que apropriadamente utilizado e adaptado.
Realidade:
O Brasil é o país de maior biodiversidade do mundo e o mais rico em plantas medicinais e recursos terapêuticos naturais, além dos recursos humanos culturais tradicionais como raizeiros, parteiras, curandeiros, pajés, na mais exuberante etnomedicina conhecida. No entanto, é o terceiro maior consumidor mundial de medicamentos e o país que paga pior os profissionais da área.
Precisamos de recursos mais baratos, mais simples e eficazes, com as plantas medicinais e outros recursos naturais, que não onerem a economia familiar, do cidadão ou do próprio governo. Os fármacos - apesar de necessários em muitos casos, principalmente agudos – são extremamente caros e não curam as doenças de fato. Há recursos integrativos e complementares mais simples como as ervas medicinais (muitas já catalogadas e aprovadas pelo Ministério da Saúde) a terapia pelos alimentos e recursos naturais, aos quais o povo brasileiro está culturalmente identificado e adaptado.
[Dr. Marcio Bontempo - Médico Sanitarista]

Nossas crianças sob risco

Fonte:Google

Marcio Bontempo *, Jornal do Brasil
RIO - Para entendermos bem os efeitos ou a influência da alimentação sobre a saúde dos estudantes e os reflexos desses fatores sobre o aprendizado, devemos dividir a faixa etária infantojuvenil segundo a sua classe social ou econômica.
É bem sabido que as classes mais pobres apresentam um tipo de alimentação quantitativamente mais deficiente, com tendência a problemas de ordem carencial, como anemias, deficiências imunológicas, raquitismo, verminoses, parasitoses em geral e maior tendência também às viroses comuns da infância (caxumba, varicela, sarampo, rubéola) e infecções. As classes mais ricas, incluindo a classe média, possuem uma alimentação quantitativamente mais completa e apresentam menor incidência desses problemas, mas mostram incidência de outros, como alergias respiratórias e obesidade. No entanto, devido à alimentação industrializada - empobrecida nutricionalmente e rica em aditivos e componentes nocivos - há uma diminuição qualitativa da saúde em todas as classes sociais, determinando alguns problemas comuns de saúde como cárie dentária (menor nas classes mais abastadas devido à possibilidade de assistência odontológica particular, mas com tendência praticamente igual pela falta de escovação após as merendas e lanches), desmotivação, dificuldade de aprendizagem, ansiedade e doenças crônicas.
Estes dados importantes são motivo de discussão entre autoridades sanitárias e educacionais. A maior possibilidade de acesso por parte das crianças e adolescentes das classes média e alta a alimentos industrializados e proteínas animais condicionadas (ou mesmo as comuns) os expõe a perigos bem maiores, ou seja, doenças degenerativas produzidas pelo excesso alimentar, como o câncer em geral (a leucemia, em particular) as doenças reumáticas, o diabetes e as síndromes de incidência mais recente, como mieloma múltiplo, miastenia gravis, artrite reumatóide e doenças autoimunes em geral. Isso pode ser facilmente comprovado se observarmos estatísticas oficiais que mostram maior incidência de doenças degenerativas e crônicas nos países mais desenvolvidos que adotam a dieta industrializada. Por isso, mesmo que as classes mais pobres possuam uma dieta mais carente, são menos expostas às doenças degenerativas. Em outras palavras, as classes mais favorecidas apresentam qualidade biológica menor. Certamente, por conta da alimentação industrializada, este quadro se inverteu e surpreendeu a muitos nutricionistas e autoridades sanitárias, pois até há pouco tempo acreditava-se que uma alimentação pobre em nutrientes era a causa de numerosas doenças. Hoje, as estatísticas apontam que há mais riscos de doenças com uma alimentação excessiva do que com uma carente. Some-se a isso o fato de que as classes mais pobres geralmente têm acesso a certos alimentos hoje considerados como funcionais ou como fonte de elementos protetores da saúde, como folhas verdes, hortaliças, frutas regionais, rapadura, farinhas, cereais naturais etc. Em contraste, as classes mais ricas acostumaram-se a consumir produtos altamente elaborados: enlatados, empacotados, fritos, ricos em colesterol e açúcar como os chips, a salsicharia, o presunto, os laticínios gordurosos, o pão branco, os cereais matinais empobrecidos em nutrientes mas repletos de sacarose e aditivos, a proteína animal além das necessidades do organismo e outros de difícil aquisição pelas classes mais pobres devido ao custo elevado.
Fonte: Google
Infelizmente há, no entanto, alguns produtos industrializados de baixo custo – repletos de corantes, aromatizantes e conservantes, gorduras trans, calorias vazias e colesterol, principalmente em guloseimas, chips, doces, sorvetes e refrigerantes – e de fácil acesso também às crianças pertencentes a classes mais pobres, o que expõe uma classe intermediária a maiores problemas que as classes situadas nos extremos de uma escala social e econômica, pois além de uma dieta carente, absorvem também produtos químicos artificiais prejudiciais. De qualquer modo, todas as crianças e adolescentes estão sujeitos a problemas de saúde que põem em risco a saúde e, consequentemente, a capacidade de aprender.
Neste ponto, somos forçados a aceitar que muitos desses problemas dependerão de aspectos individuais, de fatores familiares, genéticos, raciais, culturais, regionais e de idiossincrasias de cada organismo.
A pergunta é: até que ponto as carências nutricionais, bem como os efeitos da má alimentação e da alimentação industrializada são responsáveis ou contribuem para a desmotivação, o baixo rendimento escolar, a reprovação e o abandono dos estudos? E até que ponto são esses fatores resultantes de uma saúde geral deficiente, também motivados pela dieta precária ou rica em aditivos debilitantes? Esta pergunta abre caminho para outra: temos condições de avaliar completa e amplamente todos os efeitos negativos da alimentação industrializada, principalmente aquela consumida nas escolas e nos lares, sobre os organismos das crianças e jovens? Isso nos leva a mais uma pergunta preocupante: até que ponto a má qualidade alimentar, em todas as faixas sociais de alunos, está prejudicando a qualidade de ensino no Brasil?
Enquanto não pudermos responder a estas perguntas, devemos procurar meios para melhorar a qualidade e a quantidade do que os nossos filhos, alunos e estudantes estão comendo. Antes, apenas as deficiências de ferro, de cálcio, vitaminas A e proteínas eram motivo de atenção e estavam diretamente envolvidas com numerosas situações anômalas capazes de produzir tais efeitos. Atualmente, a alimentação industrializada é mais um elemento desse conjunto.
Todos os problemas relacionados a este tema, dada a sua gravidade e urgência, envolvem atenção e participação de pais, educadores, autoridades sanitárias, empresários da produção e fornecimento de alimentos, médicos, nutricionistas e da mídia.
São urgentes a firme tomada de posição e estudos mais sérios quanto ao tipo de substâncias e compostos ingeridos pelos nossos alunos. Sabemos dos riscos da diminuição da capacidade de aprendizagem e da capacidade intelectual que muitos alimentos podem produzir e também dos riscos que tudo isso representa quanto ao futuro da nossa nação. Precisamos nos conscientizar e atuar, em conjunto, na defesa da saúde e da qualidade de vida e aprendizagem da faixa etária do povo que formará o nosso futuro.
* médico e clínico homeopata, especialista em saúde pública e pós graduado em nutrologia. É autor de 59 obras sobre saúde
21:44 - 28/05/2009
Fonte: JB Online

Como Evitar a Gripe Suína e Outras Gripes

O médico Marcio Bontempo especialista em Saúde Pública e naturopata, alerta como as pessoas adquirem a gripe suína (Influenza A - H1N1) e mostra como preveni-la através da alimentação, de produtos naturais e biológicos e dá outras dicas, além dos procedimentos de praxe.
Imagem: Vinícius de Carvalho Jorge/ES]
Além das recomendações das autoridades sanitárias, como lavar as mãos com frequência, etc., existem providências que devem ser lembradas, ou conhecidas que, infelizmente, não fazem parte dos cuidados necessários, sendo que, muitos deles, são mais importantes do que as orientações oficiais.
Primeiramente, tanto profissionais de saúde quanto pessoas comuns, devem saber que é necessário atuar no sentido de se possuir um sistema imunológico bem forte. Percebo que absolutamente nada está se fazendo nessa direção, de uma forma que se espalha o terror de uma nova doença, mas não se tomam as providências necessárias para reforçar o mecanismo de defesa do organismo da população, permitindo assim que todos estejam expostos à virose em questão.


Por que as pessoas adquirem mesmo a gripe comum e o que fazer para fortalecer as defesas?

Para começar, é necessário saber O QUE ENFRAQUECE o nosso sistema imunológico, e isso não é divulgado (ou sabido?) pelas autoridades sanitárias.



Sabe-se, cientificamente, que todos os vírus se beneficiam e se desenvolvem mais facilmente em ambientes orgânicos mais ácidos e, obviamente, quando o sistema imunológico está enfraquecido. E o que faz com que nosso ambiente sanguíneo fique mais ácido e o que diminui a força das nossas defesas?

São os alimentos industrializados que tendem a criar e a manter um ambiente sanguíneo mais ácido.

Os principais são:


Açúcar branco - produz ácido carbônico em quantidade proporcional à quantidade ingerida, seja ele puro ou presente em doces, refrigerantes, bolos, tortas, guloseimas, etc. O uso regular de grandes quantidades de açúcar branco produz perda de cálcio e magnésio (e muitos microminerais), o que afeta sobremaneira de modo crônico e constante o nosso sistema imunológico. Deve ser substituido pelo açúcar mascavo orgânico, mel, etc.


Carnes vermelhas e embutidos – Produz diversos ácidos e reações ácidas, como ácido oxálico, ácido úrico, além de toxinas redutoras da imunidade como cadaverina, putrescina, indol, escatol, fenol, etc. Como fonte de proteínas, dar preferência a peixes e proteínas vegetais, frutas oleaginosas, leguminosas, subprodutos da soja, etc.

Leite e derivados - Principalmente o leite de vaca, rico em caseína (indigesto), produz incremento do ácido lático e gera mucosidades em excesso, enfraquecimento das defesas orgânicas, expondo os seus consumidores, não só à gripe, mas a muitos outros problemas.

Substituir por leite de soja pronto ou caseiro (evitar o leite de soja instantâneo, em pó). Como fonte de cálcio, preferir as verduras e os feijões.

Farinhas brancas O pão branco e as farinhas de trigo brancas, não integrais, são fermentativas e produzem mucosidades, além de serem pobres em proteínas, vitaminas e minerais essenciais. Seu uso constante enfraquece o organismo.



Frituras, comidas em saquinhos (chips), guloseimas, fast food – Hoje consumidos em grande quantidade por crianças e adolescentes, responsáveis por grandes desequilíbrios orgânicos e muitas doenças, como diabetes, obesidade, pressão alta, etc. O seu consumo regular, associado ao açúcar branco, determina um constante estado de acidificação do sangue e depósito de compostos prejudiciais.

Álcool - Em pequenas quantidades (vinho, etc.) pode até ajudar, mas em excesso produz reações ácidas.


Recomenda-se, portanto, evitar estes alimentos substituindo-os, sendo que esta abstenção já significa um grande passo para a prevenção de qualquer gripe e de muitas doenças.

Alimentos recomendados para aumentar as defesas orgânicas


Há alimentos particularmente úteis para reforçar a nossa imunidade, tais como o arroz integral, os subprodutos da soja (tofu, leite de soja líquido, misso), a aveia (rica em beta-glucana, um grande estimulador do mecanismo de defesa), o inhame, as verduras em geral, frutas frescas, a semente de linhaça, o gengibre, o alho, a cebola e outros.

Outros fatores que reduzem a imunidade


Estresse - um dos piores inimigos, pois reduz a ação das células de defesa, principalmente os linfócitos que combatem os vírus, elevando os níveis de adrenalina e cortisol, um imunodepressor. O estresse é provocado pela vida agitada, os problemas diários, as preocupações excessivas, o excesso de trabalho ou estudos, etc.

Vida sedentária – Com ela os radicais ácidos se acumulam nos músculos e nos demais tecidos, reduzindo o pH do corpo e favorecendo as doenças virais e bacterianas.

Ar condicionado - Deve ser evitado a todo custo, pois desidrata o ar, ressecando as mucosas e produzindo desequilíbrio térmico no organismo. Faz muito mal.


Hábitos perniciosos - Tabagismo, alcoolismo, drogas, excesso de remédios farmacológicos, etc., são, decididamente, fatores que reduzem a capacidade de defesa do organismo.

Certamente que muitas mudanças propostas são sacrificantes, mas tudo é uma questão de ajuste e adaptação, sendo que, os resultados são altamente benéficos, não só em relação à gripe suina, mas à saúde em geral


Dicas da medicina natural, ortmolecular e homeopatia para a prevenção (e tratamento) da gripe suína.

Além das medidas anteriores, cientificamente sugere-se o seguinte:

Alho

O alho é rico em alicina, uma substância ativa que possui ação antiviral reconhecida, além de mais de uma dezena de outros componentes imunoentimulantes. Basta ingerir diariamente 3 a 5 dentes de alho cru picado, com os alimentos ou engolidos com água ou suco. Há o inconveniente do hálito, mas é passageiro, e mais vale a boa saúde do que o comentário alheio. Existem também suplementos à base de alho que não exalam odor, mas são caros. O óleo de alho em cápsula ou o alho em comprimidos não produzem o mesmo efeito do alho cru. O alho também é útil para evitar ou tratar uma grande quantidade de doenças. O problema do alho para crianças é a dificuldade para ingerir, mas com habilidade tudo é possível.

Própolis

A própolis é reconhecida cientificamente como um antibiótico naturalm incluindo uma forte ação antiviral, tanto em situações de infecção quanto como para prevenção. Foram reconhecidos mais de 100 principios medicinais ativos da própolis. Deve-se usar o extrato alcoólico de própolis a 30%, na quantidade de 30 gotas, 3 a 4 vezes ao dia, em meio copo de água. Para crianças pequenas, metade da dose (lactentes e bebês, seguir orientação do pediatra). Pode-se colocar um pouco de mel para adoçar e reduzir o sabor e efeito da própolis na boca.

Chá de gengibre

O gengibre é um alimento funcional reconhecido hoje cientificamente por seus poderosos princípios ativos. Foram isolados cerca de 25 substâncias, entre elas as famosas gengiberáceas, de grande ação estimulante do sistema de defesa do organismo e ação antiviral. Basta beber chá de gengibre fresco, forte, uma xícara 3 vezes ao dia, morno ou quente e sem adoçar.

Equilíbrio nervoso neurovegetativo

O organismo e as células de defesa são regidos pela ação do sistema nervoso autônomo, representado pelos sistemas simpático e parassimpático; o primeiro é responsável pela produção granulócitos (de pouca ação viral e mais bactericida) e o segundo de linfócitos (de ação antiviral direta). Devido à agitação da vida moderna e ao estresse, as pessoas apresentam um excesso de atividade do sistema simpático (que produz adrenalina, cortisol, etc., todos imunodepressores), com maior quantidade de granulócitos do que linfócitos, o que abre o caminho para viroses. É devido a isso que muitas pessoas adquirem uma gripe depois de um impacto emocional, notícia ruim, desavenças, tristezas, etc. É necessário proceder à redução da atividade simpática (redução do estresse,etc.) e promover maior estímulo parassimpático. Isso se consegue com mais repouso, menos agitação e preocupações, atividade física moderada, respiração profunda, alimentação natural integral, massagens terapêuticas, saunas, banhos quentes (tipo ofurô, banheiras, etc). Importante é evitar a friagem e manter o corpo aquecido, principalmente as extremidades.

Saquinho com cânfora - uma grande dica

Durante a gripe espanhola no começo do século passado, milhões de pessoas morreram, mas aqueles que lidavam com os doentes raramente contraiam o vírus. É que havia uma orientação para que o pessoal de serviço, médicos, enfermeiros, etc. usasse um saquinho de gaze com pedras de cânfora pendurados no pescoço. As emanações voláteis da cânfora esterilizam o ar em sua volte e protegem as mucosas. Então, aconselha-se a fazer o mesmo. Basta adquirir a cânfora na farmácia comum (algumas pedrinhas bastam), confeccionar uma bolsinha de gaze e pendurar no pescoço, podendo inclusive manter por dentro do vestiário, sem necessidade de deixar à mostra (se bem que o ideal é manter do lado de fora). Deve ser usado constantemente durante o contato com as pessoas. É uma boa dica para quem lida com pessoas ou trabalha em ambiente de aglomeração, etc.

Fórmula homeopática

A homeopatia, diferentemente da medicina farmacológica, atua estimulando a capacidade orgânica. Há uma fórmula homeopática para a preveção, tando da Influenza A (H1N1), quanto de qualquer outro tipo de gripe. É a seguinte:
Para a prevenção, tanto para adultos quanto para crianças:
Aviarium 200 CH..........................30 ml
Influenzinum 200 CH...................30 ml
Álcool a 20%

Tomar 10 gotas, de preferência diretamente na boca, uma vez por semana, cada semana um, alternados. Para crianças muito pequenas, dar apenas 5 gotas em um pouco de água numa colher.

Para tratamento em caso de gripe (qualquer que seja):

Aconitum napellus 3 CH
Antimonium tartaricum 3CH
Allium cepa 3 CH
Bryonia alba 3 CH
Belladonna 5 CH
Gelsemium 5 CH
Fazer 30 ml, em partes iguais (pedir : ãã)
Álcool a 20%.

Tomar 10 gotas (direto na boca ou em água para crianças) a cada meia hora em caso de sintomas de qualquer gripe, até melhorar bem.

Estes remédios podem ser adquiridos nas boas farmácias homeopáticas, e não fazem mal algum ou produzem efeitos colaterais. Se necessário, procurar um médico homeopata para a confecção de uma receita.

Atividade física, sol e ar livre.

Sempre importante em qualquer aspecto para uma saúde melhor.

Suplementos

A medicina ortomolecular e a fototerapia preconizam o uso de dois suplementos:
Vitamina C - Recomenda-se o uso de 500 mg de vitamina C (ácido l-ascórbico) orgânica de uma a duas vezes ao dia, para reforçar as defesas. Crianças pequenas, metade da dose ou sob orientação pediátrica.

Cogumelo do Sol - Eleva a imunidade por ser rico em substâncias imunomoduladoras, como a beta-glucana. Adultos devem tomar 2 cápsulas de 500 mg 2 a 3 vezes ao dia, tanto como preventivo quanto para tratamento. Crianças pequenas, tomar metade da dose. No caso de dificuldade de encontrar o cogumelo do sol, procurar comer cogumelos, tipo champignon, shitake, shimeji, funghi, etc.


Minerais e microminerais – Com a acidificação constante do sangue devido á alimentação industrializada moderna, aliada ao estresse, perdem-se muitos minerais e microminerais que não são repostos pela dieta, haja vista o o fato de que os alimentos modernos estão empobrecidos em termos de minerais (solo naturalmente pobre, uso de adubos, agrotóxicos, manipulação industrial, congelamento, microondas, etc.). Certamente que essa condição afeta a imunidade. É necessário atualmente repor estes nutrientes de modo a manter as defesas orgânicas, mas não é qualquer suplemento que serve. Recomenda-se utilizar os concentrados biominerais marinhos, principalmente aqueles extraidos da poderosa alga Lithothâmnium, que possui acima de 50 minerais e microminerais orgânicos, de alta assimilação pelas células.


Frutas em geral - As frutas, principalmente as cítricas, ajudam a alcalinizar o sangue e são ricas em minerais e vitaminas, favorecendo a saúde e protegendo o organismo. Pessoas que consomem poucas frutas estão muito mais sujeitas, não só às viroses, quanto a qualquer outra enfermidade.


Estas orientações servem tanto para a prevenção quanto para serem utilizadas em casos de pessoas que contraíram qualquer tipo de gripe. Além do mais, estes procedimentos nos deixam seguros e tranqüilos em relação ao grande terror de se contrair, tanto a Influenza A quanto quaisquer outras doenças virais.
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